Os desafios do cooperativismo na pandemia
É de comum acordo que todas as empresas precisaram se adaptar aos contratempos impostos quanto ao que ficou conhecido como o “novo normal”. O mesmo pensamento vale para os desafios encontrados dentro do cooperativismo na pandemia. Uma luta de todos em busca da retomada da vida a qual estávamos acostumados.
As cooperativas, assim como os cooperados, precisaram criar o costume de manter o distanciamento social e a utilizarem a internet como canal de informação. Nunca o acesso às redes sociais e demais meios de comunicação online foram tão utilizados por parte dessas organizações e de seus associados.
A verdade é que o aprendizado nessa situação tem sido constante. E, certamente, muito ainda será absorvido de conhecimento nessa nova fase em termos globais.
Lições do cooperativismo na pandemia
Infelizmente, pela proibição das aglomerações, as Assembleias Gerais Ordinárias das cooperativas tiveram que ser adiadas. E isso atingiu de maneira igual as organizações de todos os ramos do cooperativismo.
No caso da Baalbek, os sorteios das unidades habitacionais aos sócios contemplados precisaram ser realizados de forma virtual. As entregas das chaves das casas dentro de condomínios tiveram que ser segmentadas, não mais em grupo. O atendimento na cooperativa também precisou ser dividido para a segurança de todos.
Por outro lado, a necessidade fez com que muitos brasileiros enxergassem que era possível empreender a partir de casa. Assim, pessoas se uniram e passaram a cooperar uma com as outras, cada um dentro da sua habilidade.
A intercooperação, um dos princípios do cooperativismo, ganhou força nesses tempos difíceis. Uma das grandes vantagens nesse sentido é o ganho em escala.
Indo bem mais além, as cooperativas dos ramos de crédito, agropecuário e de saúde ganharam ainda mais destaque no mercado nacional. Essa tendência fez com que o cooperativismo na pandemia surpreendesse a todos os envolvidos nessa modalidade. Um resultado que mostra a força desse movimento que só cresce a cada ano.
Resultados do cooperativismo na pandemia
Cooperativas de crédito
As cooperativas de crédito reagiram positivamente à pandemia. Haja visto que milhares de pessoas trocaram os bancos tradicionais pelas cooperativas financeiras. Um dos motivos é que essas organizações são focadas em cidadãos que, para as instituições bancárias, são considerados clientes de risco.
Isso vale principalmente para as pequenas empresas, que precisam de financiamento e encontram nas cooperativas de crédito uma maneira de consegui-lo. Além da menor burocracia, joga a favor dessa modalidade a menor taxa de juros e a distribuição de resultados.
Para se ter uma ideia, o cooperativismo teve crescimento de 48,5% na carteira de crédito de pessoas jurídicas em 2020. Isso corresponde a quase o dobro do crescimento do setor financeiro como um todo, que alcançou a casa dos 26,5%. A informação se baseia em matéria publicada pela revista Mundo Coop, em sua edição 97.
Cooperativas agropecuárias
A mesma tendência de crescimento se aplica às cooperativas agropecuárias. No Brasil, ficou bem claro que houve um aumento considerável no consumo de alimentos durante a longa quarentena implantada no país. Assim como a implantação do trabalho em regime home office. O que mexeu diretamente com os pequenos e grandes produtores rurais do país.
Dessa maneira o cooperativismo agro na pandemia foi atingido positivamente. Segundo o IBGE, 48% de tudo o que é produzido no campo brasileiro passa, de alguma forma, por uma cooperativa. Ademais, acredita-se que, no dia a dia, exista ao menos um alimento produzido por uma cooperativa do ramo agropecuário no prato de cada um dos brasileiros.
Para entender melhor essa relação, basta saber que o PIB dessa categoria acumulou alta estimada de 9% em 2020. O dado é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Cooperativas de saúde
As cooperativas de saúde na pandemia, por sua vez, atuam com um papel importante na linha de frente dessa crise. A estrutura dessas organizações teve que sofrer alterações, visando a melhora no atendimento de cooperados e demais usuários de planos de saúde. Independente disso, o número de contratações de planos de saúde cresceu consideravelmente.
Segundo o site do jornal El País, a ANS (Agência Nacional de Saúde) apontou que o lucro das operadoras nos três primeiros trimestres de 2020 foi 66% maior que no mesmo período de 2019. Levando em consideração o ano de 2018, esse resultado chega a ser 150% superior.
O país abriga 783 cooperativas de saúde, com mais de 275 mil cooperados. A Unimed é a principal delas, com cobertura em 84% do território nacional.
Esse cenário positivo das cooperativas na pandemia apresentado acima gerou, consequentemente, um aumento nas contratações de novos colaboradores. Mais um ponto positivo passa essa modalidade dentro dos ramos citados.
Cooperativa na pandemia: sinta-se seguro na Baalbek
A Baalbek manteve o propósito de realizar o sonho da casa própria de seus cooperados mesmo durante a pandemia. As obras não pararam e novos projetos continuam a sair do papel.
Quanto à pandemia, todo cooperado em visita à cooperativa sente-se devidamente seguro através do protocolo adotado pela cooperativa na luta pela prevenção e contra a disseminação do coronavírus. Esses procedimentos estão de acordo com as orientações do Ministério da Saúde.
O atendimento presencial, aliás, só é liberado quando o Plano São Paulo de controle à pandemia dá essa opção.
Para isso, a cooperativa solicita a gentileza aos associados para que sejam seguidas algumas orientações importantes:
- Agendar previamente uma visita;
- Um cooperado por vez na sala;
- Não levar acompanhante para evitar aglomeração;
- Usar obrigatoriamente máscara para ser atendido.
O cooperado encontrará na Baalbek os seguintes cuidados:
- Totem com álcool em gel 70% e acionamento por pedal no hall de entrada;
- Tapete sanitizante;
- Aferição de temperatura;
- Marcações de distanciamento no chão da recepção.
O atendimento na recepção é feito por profissionais vestindo máscara e protetor facial. Há uma proteção em acrílico transparente que separa as recepcionistas dos visitantes para a segurança de ambos.
A Baalbek tem como norma atender apenas três cooperados por hora, cada um em uma das três salas disponíveis para esse procedimento. O que confere a necessidade do agendamento prévio. Na sala existem quatro baias grandes, todas separadas por uma proteção em acrílico transparente. Também há um recipiente de álcool em gel 70% para a assepsia das mãos.
Assim que o cooperado e aquele que o atendeu deixam a sala, começa o ritual de higienização do local. Tudo é limpo com cuidado: mesa, cadeiras, barreiras de proteção, computadores, maçanetas e chão. Quanto aos colaboradores, todos os procedimentos de segurança são aplicados diariamente.