Panorama do cooperativismo de infraestrutura no Brasil
O cooperativismo de infraestrutura no Brasil tem como função prestar serviços essenciais à população através das cooperativas que se encaixam nesse ramo de atuação. Entre elas estão aquelas ligadas à habitação, distribuição e geração de energia elétrica e saneamento básico, por exemplo.
A importância desse segmento é levar infraestrutura a lugares que, muitas vezes, não são atendidos pela política pública. A presença dessas cooperativas em todas as regiões do país, por consequência, contribui com o desenvolvimento e a qualidade de vida dos brasileiros.
O cooperativismo habitacional tem um grande destaque nesse ramo, já que seu objetivo é a distribuição de unidades habitacionais a preço justo. É nesse cenário que se encaixa a Baalbek, a segunda maior cooperativa habitacional da América Latina, que já realizou o sonho da casa própria de centenas de sócios cooperados.
Como funciona o cooperativismo de infraestrutura
Já sabemos que o cooperativismo de infraestrutura presta serviços essenciais à população. Infelizmente, existe pouca divulgação desse tipo de movimento no território brasileiro, ao contrário do que acontece em muitos países pelo mundo.
Para entender melhor o assunto, é importante saber como se segmenta o ramo de Infraestrutura no país. Vejamos:
- Distribuição de energia;
- Geração de energia;
- Irrigação;
- Telecomunicações;
- Água e saneamento;
- Construção civil habitacional;
- Construção civil comercial;
- Desenvolvimento.
Para se ter uma ideia, as cooperativas de geração de energia têm papel fundamental no desenvolvimento da nação. Isso ocorre porque elas oferecem produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis. Além disso, o cooperativismo de infraestrutura é responsável por distribuir e gerar energia elétrica a mais de 800 municípios brasileiros.
Também merecem destaque aquelas que oferecem serviços relacionados à eletrificação rural e à telefonia e acesso digital. Em ambos os casos, elas têm sido importantes para alcançar a zona rural do país. A partir desse cenário, conclui-se que milhões de brasileiros estão tendo a oportunidade de fazer parte do processo de inclusão social e digital.
Por outro lado, as cooperativas do segmento de construção civil habitacional ajudam a diminuir o déficit habitacional do Brasil. Levando em consideração a distribuição por segmento, elas lideram o ranking com 40% de participação dentro do ramo de Infraestrutura.
Logo atrás vêm as de distribuição de energia, com 37%, e as de geração de energia, com 12%. Os outros 12% restantes são divididos entre os demais segmentos. As informações são do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2021, publicado pelo Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil).
Dados complementares do setor
O anuário reforça ainda que o ramo de Infraestrutura fechou o ano de 2020 com um total de 246 cooperativas. No caso dos cooperados, esse número ficou próximo da casa dos 1,5 milhão, um aumento de quase 400 mil associados em relação a 2019. Outra marca expressiva foi a geração de mais de 7 mil empregos no período.
Visite o artigo A importância das cooperativas de Infraestrutura para o Brasil e saiba mais sobre esse ramo do cooperativismo.
Panorama do cooperativismo de Infraestrutura no Brasil
Apesar do cooperativismo de infraestrutura estar presente em todas as cinco regiões do país, o Norte deixa a desejar quanto à existência de cooperativas deste ramo. São apenas 4 delas, totalizando somente 101 cooperados.
Já a região Nordeste soma a quantia de 43 cooperativas, com a presença de mais de 93 mil cooperados. Destaque para os estados de Pernambuco, com 20 cooperativas e quase 54 mil cooperados, e Rio Grande do Norte, com 11 cooperativas e mais de 34 mil cooperados. O Centro-Oeste, por sua vez, conta com 19 cooperativas, com quase 10 mil cooperados.
As regiões Sudeste e Sul concentram a maior participação em termos de cooperativismo de infraestrutura no Brasil. O Sudeste abriga 86 cooperativas e mais de 136 mil cooperados, em que o estado de São Paulo lidera a lista com 40 instituições.
Entre elas está a Baalbek Cooperativa Habitacional, que ajuda diretamente na composição do quadro de cerca de 86 mil associados do ramo em questão. Ao levar em consideração que 40% dessas organizações são do segmento de habitação, é possível entender porque a Baalbek é uma das líderes na América Latina.
A cooperativa atende três cidades paulistas: Mongaguá e Itanhaém, no litoral sul, e Francisco Morato, na Região Metropolitana de São Paulo. Já entregou centenas de unidades habitacionais em seus 13 anos de vida, e o ritmo de obras segue em crescimento. Entre os projetos estão casas, sobrados e apartamentos.
Por fim, os três estados do Sul, que alcançam juntos o total de 63 cooperativas e mais de 1,2 milhão de cooperados. Só o Rio Grande do Sul soma, aproximadamente, 848 mil associados do ramo de Infraestrutura.
Agora que você já sabe como funciona o cooperativismo de infraestrutura, aproveite para conhecer os demais ramos no artigo Quais são os ramos do cooperativismo?.
Entenda também a importância do movimento cooperativista nos últimos anos no país no texto Confira os números atualizados do cooperativismo no Brasil.